Meu pai paga um convênio desde de a época dos dinossauros, fazia parte de uma cooperativa onde ele era um dos trolhões de cooperados. Hoje a entidade faliu, mas o plano de saúde continuou.
O local é interessante porque faz tudo: é hospital, faz algumas cirurgias, tem consultas, tem pronto-atendimento, tem uma laboratório anexo que faz a maioria dos exames mesmo os complexos. Tanto que da consulta até a alta, passando pelos exames e cirurgia, tudo foi feito em 12 dias.
Durante toda a internação, uma coisa me chamou a atenção: a equipe de auxiliar e atendente de enfermagem nunca era a mesma. Vez ou outra aparecia eu reconhecia um rosto. A equipe responsável, acredito que sejam enfermeiros, este sim era fixa. Mas os outros não.
O mais interessante é que eles não tem procedimentos ou protocolos de ações. Anotações de PA, dextro, temperatura, etc. eram feitas em papel toalha. Engraçado não?
Meu pai teve muita diarréia em decorrencia da cirurgia, chamava a equipe apertando aquela famosa campainha. Vinham correndo, falavam que já viriam e se passavam 30 minutos. Eles começaram a fugir das trocas de fralda. Não havia turno ou hora, fugiam. No começo achava interessante, mas depois de 1 dia eu comecei a me irritar. E eu, com uma sutileza de mamute rebatia a resposta de já venho: o meu pai se cura da cirurgia, mas terá complicações com a assadura. E o que mais me intrigava era a passividade de todos eles. No começo do 2º. dia descobri que a equipe havia reduzido. Faltou pouco para subir nas tamancas.
Aí repassando vi que havia vários erros toscos que não deveria ser acontecer tais como: esquecer o frasco de soro na cama, algodão e esparadrapos usados largados pelo quarto.
Descobri que a equipe faz parte de uma cooperativa e não tinham compromisso com o hospital. E eu cobrando comprometimento de quem não precisa disso para trabalhar. Tragi-comédia para não ser desgraça total.
Graças a Deus, a equipe médica é muito boa.
Com tudo isso, o meu pai recebeu alta e está evoluindo bem.
Nada como um dia após o outro...