segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Processo de criação e as crises

Sempre disse que o meu forte não é a criatividade, apesar de trabalhar com a criação. É contraditorio e angustiante.
Trabalho com criação, desenvolvimento e execução de receitas e sou nutricionista.
Nutricionista por si só é um profissional muito técnico com regras e normas. Para desenvolver receitas, a criatividade é fundamental e depois vem o ténico.
Cada vez que preciso criar uma receita, tenho crise e um vácuo cerebral, porque o meu lado técnico quer tomar contar. Parece o médico e o monstro no mesmo momento. Conflito total.
Às vezes o médico vence e em outros o monstro.
Quando o montro vence, a criatividade vai a mil, um brainstorm gostoso, quase raivoso, que preciso anotar tudo para não perder nada. É tão repentino que ando e durmo ccom caderneta e caneta.
Quando o médico vence, o lado técnico entra em ação. Executo a receita e escrevo corretamente a receita.
O problema é que a coisas acontecem desprogramadamente e de forma desorganizada. Aí vem a crise e com ela vem o vácuo cerebral. Acontece nada, nada e mais nada.
Quem vencerá hoje? Monstro ou médico?

domingo, 23 de outubro de 2011

Será?

Estou em crise. Crise de vida.
Este mês fez um ano que me desliguei do emprego.
Prometi que faria 10 meses de período sabático e fiz.
Durante este período, contratei coaching e acredito que estou no caminho certo, mesmo assim vem aquela pergunta: "como será o amanhã?".
Estou fazendo pós, para dar uma incrementada nos meus neurônios e descubro que fiquei muito tempo fazendo uma outra coisa. Estou fora mais tempo que deveria da área de formação. Tento recuperar preencher o vácuo do tempo e são informações demais.
Preciso reinventar a minha carreira e às vezes me encontro num mato sem cachorro. Que fazer?
Será que estou realmente no caminho certo? Será que estou fazendo o caminho mais longo? Crises, crises, neuras e neuras...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Minhocas & neuras

Meu pai se recupera bem da cirurgia. Faz tudo como orientado e recomendado. Minha mãe está com ciúmes, todas as atenções são para ele e não para ela. Tenho toureado bem as novas situações, entretanto às vezes fica rubra-rosa tendendo para o roxo. Respiro fundo para manter a classe e a clareza mental. Muitas vezes beira ao ridículo e em outras, comicas. Só rindo.
O que me preocupa agora é a conversa com a oncologista e fazer o plano de tratamento. Será demorado, complicado e com efeitos colaterais.
Montando um tratamento nutricional para suportar a quimio.
O meu pai está muito debilitado devido a anemia severa e precisa recuperar bem.
Peço ele comer um pouco mais para reclamar de muita comida.
Tem um grilo falante no meu ombro dizendo converse primeiro com a médica para saber o tratamento a ser adotado para agir, mas diga isso para a minha mente?
Minhocas formam e tomam corpo dentro da minha cabeça. Conflito entre o racional e o emocional. Neuras crescem geometricamente.
Rezar para o racional apaziguar o racional e o emocional. Contraditório? Não, orar ou rezar me faz centrar no importante. O importante agora é recuperar da cirurgia.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Le e ouvir o diagnótico médico

Meu pai recebeu alta hospitalar e veio para casa, junto com os inúmeros exames e laudos recebi um com laudo da biopsia da colonoscopia. O diagnóstico semelhante ao informado pelo gastro.
O diferente é que o cérebro tem o poder de bloquear informações quando faladas e quando escrita fica o preto no branco, martelando, martelando, martelando...
Hoje, voltamos ao médico e prognótico é bom. Precisa fazer quimio. Bom aí é um outro problema. Precisamos passar com o oncologista, fazer todo uma agenda de tratamento...
Um passo de cada vez...
Hoje, o meu pai retorno a casa dele. O sorriso no rosto dele me conveceu que é o melhor lugar para a recuperação. Viajou para Ibiúna. Liguei mais tarde e descobri que até a voz dele mudou.
A preocupação é minha que quero controlar tudo. Conflito de filha e nutricionista. A filha quer o controle total, a nutricionista diz que o melhor lugar para a recuperação é em casa.
O meu lado mais racional falou mais alto e estou em paz com a escolha.

domingo, 16 de outubro de 2011

Meu pai e o hospital

Meu pai paga um convênio desde de a época dos dinossauros, fazia parte de uma cooperativa onde ele era um dos trolhões de cooperados. Hoje a entidade faliu, mas o plano de saúde continuou.
O local é interessante porque faz tudo: é hospital, faz algumas cirurgias, tem consultas, tem pronto-atendimento, tem uma laboratório anexo que faz a maioria dos exames mesmo os complexos. Tanto que da consulta até a alta, passando pelos exames e cirurgia, tudo foi feito em 12 dias.
Durante toda a internação, uma coisa me chamou a atenção: a equipe de auxiliar e atendente de enfermagem nunca era a mesma. Vez ou outra aparecia eu reconhecia um rosto. A equipe responsável, acredito que sejam enfermeiros, este sim era fixa. Mas os outros não.
O mais interessante é que eles não tem procedimentos ou protocolos de ações. Anotações de PA, dextro, temperatura, etc. eram feitas em papel toalha. Engraçado não?
Meu pai teve muita diarréia em decorrencia da cirurgia, chamava a equipe apertando aquela famosa campainha. Vinham correndo, falavam que já viriam e se passavam 30 minutos. Eles começaram a fugir das trocas de fralda. Não havia turno ou hora, fugiam. No começo achava interessante, mas depois de 1 dia eu comecei a me irritar. E eu, com uma sutileza de mamute rebatia a resposta de já venho: o meu pai se cura da cirurgia, mas terá complicações com a assadura. E o que mais me intrigava era a passividade de todos eles. No começo do 2º. dia descobri que a equipe havia reduzido. Faltou pouco para subir nas tamancas.
Aí repassando vi que havia vários erros toscos que não deveria ser acontecer tais como: esquecer o frasco de soro na cama, algodão e esparadrapos usados largados pelo quarto.
Descobri que a equipe faz parte de uma cooperativa e não tinham compromisso com o hospital. E eu cobrando comprometimento de quem não precisa disso para trabalhar. Tragi-comédia para não ser desgraça total.
Graças a Deus, a equipe médica é muito boa.
Com tudo isso, o meu pai recebeu alta e está evoluindo bem.
Nada como um dia após o outro...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um texto para rir depois de uma semana estressante


Depois de uma semana para lá de estressante, resolvi colocar este texto. Li uma frase no termo de internação que me lembrou bem o texto abaixo.


Recebi este texto e ele é para aqueles que querem ou fazem questão de assassinar a escrita da língua brasileira.

Sobre a Vírgula, o que ela pode causar se posto erradamente.

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI

(Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.


Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.


* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ajuda ou neuras

Eu entendo que as pessoas querem ajudar quando estamos num momento difícil, mas como dizer que este nãó é o momento?
No dia da cirurgia do meu pai, veio um amigo do meu pai fazer uma visita. Achei legal, pois ele estava precisando de alguém para animar o momento. Eu na verdade havia pedido para que o assunto ficasse restrito somente aos irmãos, porque tudo ainda era uma especulação e eu não tinha resposta para muitas perguntas e nem o médico.
Enfim...fiquei sabendo que uma das minhas tias pintou o pior dos cenários e desembestou a falar com várias pessoas.
O amigo do meu pai pediu para que eu ligasse para alguma dessas pessoas, inclusive para a minha tia. Mesmo tendo o meu celular, ela não ligou.
Liguei para ela, no primeiro oi, ela descarregou uma verborragia desnorteando-me. A minha resposta: tia, eu não tenho muito a informar porque não sei, pode aguardar eu conversar com o médico depois da cirurgia?
Resposta dela: vc está bem?
A minha: bem não estou, mas estou serena e mantendo a calma, porque se não, alguém vai matar o meu pai antes de ser operado.
Ela: eu só quero ajudar...
Eu: então reza, ore, mande pensamentos positivos.
Ela:.......
Eu: ligo assim que tiver mais informação, OK?
Eu só queria que os meus familiares mandassem pensamentos bons para o momento e vi que já pintavam o quadro negro. Dando instruções de como fazer com a minha mãe...
Graças a Deus, há um anjo que me dá força para eu não perder a estribeira