Faz uns 15 dias que o meu pai veio para Sampa fazer exames de rotina. A médica que o examinou solicitou vários exames: sangue, urina, etc. Qual não foi a minha surpresa quando li os resultados.
As hemácias bem abaixo da metade do mínimo. Conclusão: amenia severa. Começava aqui a minha auto tortura mental. O que será que é ou não é. Será caso grave ou não. Será maligno ou não. Quando cheguei a este ponto já estava em parafuso e criando um mundo paralelo. O meu consciente e o inconsciente criaram a pior dos diagnóstico e pirei.
Até que veio uma luz divida, trouxe-me ao mundo real e hoje. Respirei fundo e determinada ao tal ponto de deternimar: fosse o que fosse, meu pai sairia bem e sem sofrimento. Pensar assim me deixou mais centrada. EU CENTRADA e a minha volta um caos indescritível. Os parentes fizeram o mesmo panorama que fiz no começo e formou-se aquela confusão. Eles perguntando se eu estava bem, como estava. Resposta: eu estou tranquila e serena, bem não. Foi esta atitude que me salvou da neurose. E graças a Deus, tenho o Edson que é o meu alicerce.
O meu pai fez os exames necessários, transfusão de sangue e passou pela cirurgia, onde se constatou que realmente era câncer.
O mais intrigante desta história é que tenho certeza que as minhas avós, já falecidas, estão ao meu lado. Sinto elas conversando e passando esta paz que sinto.
E tenho certeza que o meu pai sairá desta e eu aprendi que devo pensar um passo de cada vez e passar um dia de cada vez.
Sabe que passei estes dias todos sem chorar e hoje despejando esse sentimento choro porque é difícil das pessoas entenderem a minha paz interior.